quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pensamentos

Mesmo que o mundo se acabe enfim... O que esperar de um “fim”? O que vem a ser uma agulha no palheiro? Em um campo tomado por espinhos, um único lírio seria capaz de chamar atenção... Mas e se fosse ao contrário? O espinho ganharia de alguma forma atenção...? Provavelmente não, sem que alguém o tocasse e se ferisse nele. E então num mundo não importam os ‘porquês’; não importa nem o mundo mesmo, que é trilhado pela estrada do descaso e a cada dia vira um pouco mais a face para que possamos ver suas ruínas e feridas. Muda-se a intensidade se um único fracasso ambulante use esse termo: “Que o mundo se acabe enfim”... Pois assim restara apenas um medíocre de alma vazia a observar os desolos a seu redor... Mas e se fosse reverso? Simplesmente a intensidade passa de baixa a algo menor que zero. Um único e invisível ser não faria falta nenhuma ao mundo. E então o existir ou não existir já estaria decidido por decreto... não precisaria de um ‘X’ para ser avaliado, adeus insignificância em pessoa.
 
                                                                              ( R.C.V )

Nenhum comentário:

Postar um comentário