quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Virtude


O ponto de equilíbrio, o pilar de sustentação entre o excesso e a falta... Uma balança de dois pesos que divide as extremidades, eis a virtude.
O equilíbrio tende a se descompor por qualquer ação ou reação que desestabilize alguma virtude, ou seja, ato contrario. A tolerância, por sua vez é imprescindível para o convívio social, que nem sempre é fácil de ser mantido, mas há quem diga que na vida nada é fácil.
Tendo em mente a visão de uma rocha, logo a idealizamos como sendo uma fortaleza, pela amplitude de sua conduta firme e considerada, muitas vezes, indestrutível, porém essa grande rocha pouco a pouco começa a ceder não por furacões e sim pela força da natureza... A água aos olhos adormecidos é tida como inofensiva é capaz de desestruturar a grande muralha de pedra.
A humanidade que trilha o caminho do desinteresse por todos e por si mesmo, a cada detalhe perde a essência da caridade esquecendo-se de amar o próximo mais que a ti mesmo, crendice de outrora, e hoje nada mais que meras palavras esquecidas no livro cheio de pó, que não fazer sentido algum para aplicar no cotidiano.
A fé que citada num dito popular podendo mover montanhas foi aniquilada e substituída por ciclos viciosos que se alastrara e estão corrompendo a grande massa humana de alma vazia.
Os valores morais e os pequenos fragmentos individuais estão a cada dia perdendo espaço para coisas fúteis, nesse ponto a balança tende a perder seu equilíbrio, o amor é substituído pela amargura, à alegria pela tristeza, a família e os amigos pelo trabalho, a paz pela violência, a vida pela ambição... Deus, o supremo, pelo esquecimento imperdoável da fé, infelizmente os homens estão sendo conduzidos pela ignorância, que afeta multidões, a cometer maus atos e se afastar do criador, esquecendo-se também da fortaleza que na plena dificuldade assegura a constância para a prática do bem.
O mau elemento não precisa ser eliminado para não afetar os demais, se os outros tiverem a plena convicção e consciência de seus atos não há nada que os desvie do caminho certo, afinal que fortaleza nunca se deixou abalar pela insegurança? Que rapidez nunca se excedeu e tomou forma da pressa? Que fé nunca abalou-se pelas atribulações? Que caridade não há de ter passado por alguns instantes mesquinhos?
Enfim são tantos meios de desequilibrar nossa balança, porém para estes mesmos meios de desequilíbrio haverá sempre outro para ajustá-lo. Pois também há quem diga que para tudo há um jeito, exceto para a morte... Apesar de até este feito já ter sido proclamado, denominado ressurreição.
Exatamente pela insubstituível virtude da fé, que optei por ficar no céu e ser o guardião do Criador, que estar nessa terra incrédula sendo cúmplice e plateia desse afastamento imperdoável da humanidade para com Deus.

(R.C.V) – Texto referente a apresentação de um monólogo para CIA DECALOGO JALC

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